Quinta-Feira, dia 30/07/09, no Instituto Federal de Alagoas (IFAL, antigo CEFET) realizou-se o IV Encontro da comunidade Python do estado de Alagoas. Seguindo a tendência de criação de grupos locais de programadores da linguagem (a exemplo de São Paulo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro) o GruPy-AL foi criado em dezembro de 2008 e até então tinha suas reuniões reduzidas a conversas de bar, que, apesar de extremamente agradáveis, apresentavam uma média de 4 ou 5 pessoas (quase sempre, os próprios fundadores). Na noite da quinta, os 75 lugares do auditório não foram suficientes para a platéia, em sua maioria, estudantes do próprio instituto.
O professor Edison Moraes do IFAL abriu o evento por volta das 19h e 10min, falando da importância de pequenos eventos como aquele, fosse para solidificar o estreitamento da comunicação entre o Instituto (IFAL) e a Universidade Federal (UFAL); como para motivar os jovens (maioria no auditório) para contribuírem para o desenvolvimento da Tecnologia da Informação do Estado. O professor foi otimista em falar que esse desenvolvimento parece, agora, estar acontecendo mais claramente com o retorno dos antigos alunos (da IFAL e da UFAL) para o Estado.
A seqüência de palestras da noite teve início com Alexandre Martani, estudante de graduação em Engenharia de Computação no ITA-SP, falando por videoconferência da sua experiência no Google Summer of Code 2009 (GSoC), onde está trabalhando na edição de documentos em tempo real para o sistema de Wiki MoinMoin, cuja idéia foi sugerida pelo próprio estudante para os desenvolvedores da engine. Na apresentação, ele começou com uma pequena motivação sobre as vantagens em se contribuir para o software livre; seguiu explicando todo o procedimento para participar GSoC; e finalizou falando sobre o MoinMoin, destacando as possibilidades de utilização, extensão e contribuição para o projeto.
O professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Leandro Sales, seguiu falando sobre o framework BRisa e todo o contexto no qual ele se insere. Inicialmente foi mostrando o funcionamento do conjunto de protocolos UPnP e da sua importância no contexto de computação pervasiva. Em seguida, foi detalhado o framework (de código livre com licença MIT), originalmente desenvolvido pela parceria UFCG e Nokia. O projeto, atualmente, já adquiriu bastante notoriedade com um grande time trabalhando sob orientação do professor. Apesar disso, o framework já experimenta a vida própria do código aberto, sendo uma das tarefas do time decidir "a aplicação de um patch de uma cara lá da China", por exemplo, como frisou o professor.
Para fechar a sessão de palestras, o estudante de Ciência da Computação da UFAL, Diogo Dutra, apresentou o seu projeto BRiGaS (BRisa Game Server). O projeto foi resultado de duas cadeiras que o estudante estava cursando na universidade: Tecnologias Móveis e Sistemas Distribuídos. A aplicação desenvolvida é um servidor de jogos que usa o framework BRisa. Aproveitando o contexto de computação pervasiva já introduzido na apresentação anterior, o estudante partiu de uma motivação para aplicações de jogos sobre UPnP em tecnologias móveis. Foi mostrada a arquitetura da aplicação e como estendê-la para criação de um jogo. Ao final foi mostrado um exemplo de jogo de truco, como estudo de caso.
Todos os palestrantes deixaram claro os caminhos para quem deseja contribuir para os respectivos projetos, destacando que não existem tantas complicações para ajudar (veja como contribuir abaixo), como se pode pensar a princípio.
O professor Edison agradeceu a presença de todos e reafirmou a importância de eventos como aquele, deixando o canal aberto para outras oportunidades. Yguaratã, também um dos fundadores, encerrou a noite falando sobre as perspectivas do grupo de manter a freqüência dos encontros e, inclusive, fazer eventos maiores. Foi anunciado o próximo evento do grupo, que marcará presença no Debian Festival.
Veja como contribuir para os projetos nas respectivas apresentações:
Boa iniciativa de descrever o encontro. Parece ter sido excelente! Parabéns!
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